Fundadora da Casa Léa Pentagna

Lea Josephina Pentagna nasceu em 1909, na cidade de Piracicaba SP e faleceu em Valença, em 1983.

De espírito alegre, vaidosa com sua aparência, boa para seus empregados, tinha verdadeira adoração por seus irmãos, Vito e Léo. Relacionava - se bem com a mãe, D. Alzira, com quem gostava de passar horas bordando.

Em virtude de seu gosto pela Arte e de suas constantes viagens, conheceu artistas famosos, dentre eles, os escritores Lúcio Cardoso e Maria Helena Cardoso e o pintor espanhol Perez Rubio.

Além de apoiar financeiramente eventos culturais a Sra. Léa cedia sua própria residência para a Academia Valenciana de letras realizar reuniões e festas e, também, para as filmagens de " A Casa Assassinada", dirigido por Paulo Cesar Saraceni, com Norma Benguell, Carlos Kroeber no elenco.


Seu último desejo, expresso em testamento, era o de ser enterrada nos jardins de sua casa.

Seu pedido foi atendido e, hoje ela descansa em paz cercada de flores coloridas, conforme ela recomendava aos amigos e empregados.

A Fundação

Ao morrer em 1983, D. Lea Pentagna deixa, em testamento, que sua propriedade seja transformada na Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna.

Lea Pentagna, ao deixar seus bens para o povo, estava na verdade, confirmando o espírito solidário de sua família que entre os feitos já declarados foi, também, responsável pela criação da primeira escola de 2º grau em Valença, pela reforma da Igreja do Rosário e pela doação da Chácara Pentagna à Diocese de Valença.

Assim, a Fundação nasceu: do desejo de Léa Pentagna de "propagar, estimular e proteger o gosto pelo estudo das ciências, artes e letras".

A casa se abre para palestras, cursos, exposições, vídeos, apresentação de música erudita e popular e atende às Escolas durante a semana com hora marcada e, também, aos turistas em visitas orientadas, aos sábados, domingos de 9h30min às 12h30 min e de 14h às 17:h.

A Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna até o momento contou com 3 presidentes:
1º - Dr. Nilo Borges Graciosa - de 1984 a 1988
2º - Dr. Danrley Leal Moreira - de 1988 a 1995
3º - Prof. Gilberto Wilson Lima Monteiro - de 1995 até hoje

Atualmente, a Fundação tem no seu conselho Diretor as seguintes pessoas:
Presidente: Gilberto Wilson Lima Monteiro
Vice-Presidente: Maria Aprecida de Freitas Vieira
Secretário: Roberto Lamego
Tesoureiro: Luiz Francisco Moniz Figueira
Diretor de Patrimônio: Gustavo Abruzzini de Barros

A Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna presta contas anualmente ao Ministério Público e tem como auditor contratado o contabilista Maurício Medeiros da Fonseca.

Fotos da Sra. Lea Pentagna no jardim e no interior da casa

 

A Casa

Localizada no antigo Alto do Barcelos, hoje, bairro do Benfica, a casa de pedra foi reformada no início do século passado.

Possuindo 20 cômodos, os móveis neles distribuídos são de vários estilos, destacando - se o jogo da sala Luiz Phelip(Foto), na entrada um "recaimer" de palhinha, sala de jantar com 12 cadeiras, em couro lavrado, mesa chinesa com enfeites de madrepérola e marfim.

A influência italiana encontra - se por toda parte seja nos livros da biblioteca, seja nos objetos, seja na coleção de discos de Vivaldi, em duas pequenas mesas de madeira, na sala de banho, nas gravuras da sala da lareira.

O primeiro modelo para piano, de origem inglesa e com mais de 150 anos, valoriza, ainda mais, a sala de visitas com móveis dourados e mostra, a admiração da fundadora pela música. Nas paredes, as telas são, na maioria, assinadas pelo pintor espanhol Timotheo Perez Rubio.

Dia 22 de abril de 2000, a Casa Museu foi reinaugurada, após ter passado por uma restauração, patrocinada pelo Dr. Lúcio Pentagna Guimarães (através da Lei Rouanet), que com sua habitual sensibilidade não mediu esforços para que a casa ressurgisse com sua antiga beleza.

A casa é de estilo neoclássico e seu interior constitui-se de objetos e móveis de vários estilos, como:

- Jogo de sofá e poltronas, no estilo Luís Philip

Jardim

Por trilhas diversas o visitante vai aproveitando o cheiro característico das matas, conhecendo diversas espécies vegetais: coités, abiu, amora, gabiroba, canela, urucum, etc...

O quintal abrange aproximadamente 20.000m² ainda, com flores como magnólia, ipê, murta, copo-de-leite, orquídeas entre tantas outras.